quinta-feira, 12 de julho de 2012

Queda do FPM deixa Ceará-Mirim com 'saldo zero'

 

O repasse da primeira cota do Fundo de Participação  teve uma queda da acentuada que desequilibrou as finanças das prefeituras do Rio Grande do Norte e comprometeu o pagamento de salários do funcionalismo. Levantamento feito ontem pela TRIBUNA DO NORTE no site do Banco do Brasil mostra que 71 municípios tiveram "saldo zero", em suas contas, isto é, o dinheiro depositado só foi suficiente  - e em alguns casos nem isso - para pagamento das contribuições previdenciárias, Fundeb, Fundo Municipal de Saúde e Pasep. É com a primeira parcela do FPM que 90% das prefeituras do Rio Grande do Norte pagam os salários dos servidores.

De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios, o repasse total foi de R$ 2 bilhões, um dos menores dos últimos anos. Para julho, o Tesouro Nacional prevê queda nos repasses do FPM de 13% (em relação ao mês anterior). Ontem, o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, fez um alerta aos prefeitos e pediu "cautela" aos gestores nos meses de julho,  setembro e  outubro. "Dado o comportamento sazonal do FPM, estes são historicamente os meses de menores repasses", disse Ziulkosky.

Também ontem, o ex-presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte, Benes Leocádio, ao comentar a queda nos repasses, alertou para as dificuldades que viriam nos últimos meses de mandato dos atuais prefeitos. "A situação é preocupante", disse ele.

Entre os 71 municípios com "saldo zero' a maioria tem menos de 15 mil habitantes, mas a lista inclui muitos de porte médio, como Santa Cruz, Nova Cruz, Pau dos Ferros, João Câmara, Ceará-Mirim, e de grande porte: Mossoró e Parnamirim.

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